quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Resumo 2015

Olá pessoal!

Mais um ano chegando ao fim e agora vou falar um pouco do que aconteceu nesse ano com o "Blog Fotodica"



O Blog Fotodica começou em 03 de Agosto de 2011 com menos de 20 visitas mensais.Hoje não para de crescer, das 500 visitas mensais em média que tivemos em 2014 passamos para mais de 700 ao longo desse ano. Só nesse último mês de Dezembro estamos caminhando para quase mil visitas e agora conto com vocês para bater essa meta e dobrar a meta ( :-P ) compartilhando com os amigos!

Com publicações mensais desde 2014, ano que deixou de ser quinzenal, o BLOG FOTODICA sempre leva conhecimento para qualquer pessoa sempre com uma linguagem simples e direta.

Em 2015 falamos sobre fotografia HDR, também falamos um pouco mais das diferenças entre fotografar em RAW ou JPEG, e quais são as diferenças fotografando com câmeras cropadas ou Full Frame. Tiramos também algumas dúvidas sobre fotografia com flash dedicado que é uma dúvida muito recorrente, tanto que as cinco postagens mais vistas são sobre flash dedicado e a postagem mais vista desde o começo do blog é a dica sobre velocidade de sincronismo do flash. Se você ainda tem dúvidas sobre o tema, deixe aqui nos comentários.

Como novidade estreamos o "Canal Fotodica" no Youtube que é para dar dicas interessantes e em vídeo. Até o momento o canal possui apenas um vídeo sobre como montar um soft box caseiro que rendeu até um vídeo com erros de gravação muito engraçado, teve até luta contra fita adesiva!

Esse ano vão continuar as dicas mensais todo dia 30 e quem sabe a primeira entrevista do "Blog Fotodica". Também vamos continuar com as "videodicas" no "Canal Fotodica" no Youtube. Vai ser um ano de experiências e bem interessante. Também vamos ter dúvidas do pessoal respondidas aqui no blog com o tema "Fotodica Responde". Então deixe suas dúvidas aqui nos comentários que logo farei o "Fotodica Responde nº1"! Estamos também abertos a sugestões para melhorar cada vez mais o BLOG FOTODICA.

Também não deixe de nos seguir e compartilhar com os amigos hein!

Por fim desejo a todos um 2016 com muita PAZ, SAÚDE, SUCESSO, e porque não ótimas FOTOGRAFIAS junto com o Blog FOTODICA!

Grande Abraço e 2016 tem mais!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Pricipais diferenças entre cameras Full Frame e Cropadas

Olá.

No começo do "Blog Fotodica" falei da diferença das câmeras digitais Full Frame que são aquelas com o sensor do tamanho de um quadro de filme fotográfico 35mm (24mm X 36mm) e das câmeras cropadas que possuem um sensor menor. Se quiser ver a postagem anterior Clique Aqui.


Muitas pessoas, principalmente que estão começando agora na fotografia não entenderam bem o conceito por trás disso e agora, depois de mais de sete anos de fotografia, tive a oportunidade de trabalhar realmente com câmeras full frame e por isso vou explicar novamente as duas principais diferenças entre os dois tipos de câmeras com um pouco mais de detalhes mas nada muito profundo.

A principal diferença entre os dois tipos de câmeras é o tamanho do sensor. Nas câmeras full frame eles têm o tamanho de um quadro de filme fotográfico 35mm que mede 24mm de "altura" por 36mm de "largura", enquanto as câmeras chamadas cropadas tem o sensor menor que isso sendo o mais comum tem o sensor 1,6 ou 1,5 vezes menor do que os da full frame e isso chama-se fator de corte.

Mas o que isso influência na captura da foto?
A mais perceptível influência é no ângulo de visão (reparem que falei ângulo e não distância focal) da objetiva.

As objetivas nas câmeras cropadas por tem um sensor menor vão ter um menor ângulo de visão equivalente a uma objetiva de distância focal mais longa em uma câmera Full Frame. Reparem nas imagens abaixo:

Objetiva 50mm "Camera Cropada"
Objetiva 85mm "Camera Full Frame"

As duas fotos foram feitas com a abertura de f/1.8 a 90cm de distância do objeto mas na câmera full frame foi usada uma objetiva 85mm já câmera cropada foi usada uma objetiva 50mm mas porque ambas parecem ter sido feitas com a mesma distância focal? Vou explicar.

Veja a ilustração abaixo:


As objetivas são pensadas para serem usadas em câmeras full frame, quando o sensor é menor parte das bordas da fotografia são perdidas pois não consegue captá-las e isso é representado pela parte cinza da ilustração e isso chama-se fator de corte.

Existem também objetivas que são especiais para câmeras cropadas mas sua distância focal é pensada como se fossem usadas em câmeras full frame, e isso tem um motivo.

Para calcular a equivalência do ângulo de visão da objetiva em uma câmera cropada devemos multiplicar a distância focal original pelo fator de corte que é quantas vezes o sensor da câmera cropada é menor.

Em todos os exemplos foi usada uma câmera que tem um sensor de tamanho APS-C que é 1.6X menor que o sensor da camera full frame combinada com uma objetiva 50mm para obter uma equivalência a distância focal próxima da objetiva 85mm usada na câmera full frame. Então vamos fazer a conta.

Objetiva 50mm X 1.6 do fator de corte = Equivale ao ângulo de visão de uma objetiva 80mm montada em uma câmera full frame. Simplificando essa conta fica assim:

50mm X 1.6 = 80mm

Objetivas por exemplo 50mm sempre vão ser 50mm mesmo quando usadas em câmeras croparadas quando em câmeras full frame pois sempre vão entregar a mesma imagem para o sensor seja ele qual for. Observe novamente as fotos abaixo:

recorte 100% 50mm em "câmera cropada"

recorte 100% 85mm em "câmera Full Frame"

Nesse exemplo eu quis mostrar que mesmo a primeira vista as fotos que pareciam quase iguais possuem grandes diferenças influenciadas pelas características da objetiva que foi usada como profundidade de campo, distorção e achatamento de planos.

No exemplo as duas fotos foram feitas com abertura f/1.8, limite da objetiva 85mm que foi usada na câmera full frame. Perceba como a palavra MACRO está nítida nas duas fotografias mas que na foto tirada com a 85mm a profundidade de campo é muito mais rasa já começando a desfocar a chavinha do auto foco enquanto a feita com a 50mm na cropada ela ainda está bem nítida.

Já a distorção é menos perceptível pois grande parte ocorre nas bordas da fotografia e como na cropada as bordas são perdidas fica menos evidenciado mas não quer dizer que essa característica também foi perdida pois no restante da fotografia ela se mantém.

Agora volte nas duas primeiras fotos de exemplo. Perceba como o fundo da fotografia que foi feita com a 85mm está bem mais próximo mesmo parecendo que o assunto está na mesma distância. Isso deve-se ao achatamento de planos. Quanto maior a distância focal da objetiva maior é o achatamento de planos. Por isso também que não devemos fazer retratos de alguém com grande angular pois corre o risco da pessoa fotografada parecer que tem nariz de Pinóquio.

Outra característica muito bem-vinda é que por conta do sensor maior a câmera Full Frame trabalha muito melhor com a questão de ruído na fotografia.

Nas duas fotos em 100% que mostrei acima perceba que na foto feita com a câmera cropada tem muito mais ruído que na que fiz com a câmera full frame. Isso se deve principalmente porque as "células" que compõem o sensor (fotodiodos) serem bem maiores facilitando a captura da luz.

Essas são as duas principais diferenças entre câmeras Full Frame e Cropadas.

E você, tem algo a acrescentar ou quer comentar sobre o tópico? Deixe sua mensagem abaixo e não deixe de seguir o "BLOG FOTODICA"!

Até a próxima!

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

1ª Videodica do Canal Fotodica - Softbox para flash dedicado

Olá pessoal,

Para comemorar os quatro anos do "Blog Fotodica" completados em Agosto desse ano, resolvi criar um Canal de vídeos no Youtube, o "Canal Fotodica" onde darei dicas de fotografia variadas e não só as dicas que são publicadas aqui.

Para inaugurar o canal e como muitos de vocês me pedem dicas para flash vou mostrar como fazer uma softbox para flash dedicado só que de material reciclado.

Muito usado em ensaios a softbox serve para deixar a luz do flash mais suave diminuindo as sombras mas ao mesmo tempo concentrada no ponto desejado, diferente do difusor onde a luz se espalha pelo ambiente.

Para fazer a softbox de material reciclado você vai precisar do seguinte material:

1 caixa de papelão pequena.
1 folha de papel alumínio.
2 folhas de papel toalha ou manteiga
1 rolo de fita adesiva
1 tesoura ou estilete
1 régua
1 caneta permanente, usada para escrita em CD

Quer saber como fazer a montagem do softbox? Então clique no link abaixo para ver o vídeo!

MONTAGEM DO SOFTBOX.

Ah, não deixe de se inscrever no canal e compartilhar com os amigos, ok!

Se você gostou da ideia e quiser mais dicas em vídeo deixe nos comentários!

Só um aviso, as dicas no "BLOG FOTODICA" continuarão a ser publicadas todo dia 30 de cada mês e por isso não deixe de dar sempre uma passadinha por aqui!

Abraço e até a próxima dica!

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Linha do Horizonte na Fotografia

Olá pessoal,

Hoje vou falar de uma coisa básica que cheguei a mencionar quando falei sobre composição mas que muitas vezes é ignorada por alguns e difícil acertar para quem está começando, a linha do horizonte na fotografia.



A linha do horizonte é muito importante na fotografia, ela é quem inicialmente guia a altura da visão do espectador na fotografia.

Um horizonte reto nos dá a sensação de paz e tranquilidade.

Mas vezes por descuido ou por negligência muitas fotografias ficam "tortas" e isso acaba com uma boa fotografia. Veja o exemplo abaixo:

Horizonte torto

Reparem no museu do Ipiranga em São Paulo. Parece que ele está pendendo para a direita, certo que ele estava quase desmoronando mas não chegava a tanto. Hehehhe. Aposto também que você inclinou um pouco a cabeça para o mesmo lado da inclinação da fotografia. Acertei?
 
Mesmo tendo inclinado apenas 2 graus em sentido horário a diferença foi enorme não é mesmo? Não sei para vocês mas para mim é até incomodo olhar para ela. Isso é inadmissível em fotografia de paisagem ou arquitetura por exemplo.

Mas em algumas situações podemos quebrar essa regra.

Quando não temos uma linha do horizonte bem definida, uma coisa que podemos fazer é inclinar realmente a linha do horizonte para dar mais dinamismo a fotografia como no exemplo abaixo que fiz durante a corrida do Moto GP em que aconteceu em Interlagos. Para dar uma sensação de maior velocidade e mais fluidez para a fotografia eu inclinei propositadamente a linha do horizonte.

Reparem que eu a inclinei bastante e não apenas a "entortei".


Agora olhem como ela ficaria originalmente se eu não tivesse inclinado o horizonte:


A fotografia de baixo parece bem mais monótona não é? Além disso na primeira foto que inclinei propositadamente os dois corredores do meio que disputavam para valer a posição ganharam uma ênfase muito maior e parece que o bicho está pegando por lá.

Também outra coisa também muito comum é o pessoal colocar o horizonte bem no meio da foto e isso acaba matando de vez a fotografia. O horizonte tem que estar sempre no terço de baixo ou de cima da fotografia dependendo no que você quer dar mais destaque, se é mais para o céu ou mais para a terra.

Claro que ele não precisa estar exatamente alinhado com o terço escolhido, só não pode estar exatamente no meio da fotografia.

Na fotografia abaixo onde quis que os prédios do fundo coloridos pelo pôr do sol contrastando do acinzentado do céu.

 

Basicamente o horizonte é o que dá o equilíbrio da foto e por isso precisamos nos preocupar se ele está verdadeiramente na horizontal e em qual proporção da imagem ele estará.

Uma ótima dica para isso é usar as linhas do visor da câmera para ajudar nessa composição.

Se você ainda tem dúvidas de como compor melhor o horizonte suas fotografias deixe nos comentários!

Abraço e até mais!

domingo, 30 de agosto de 2015

RAW X JPEG - Diferenças de tipo de arquivos

Olá.

Hoje em dia muitas câmeras compactas avançadas e praticamente todas as câmeras DSLR permitem assim como selecionar o espaço de cor que comentei na postagem anterior também o tipo de arquivo a ser gerado, RAW ou JPEG e vou explicar as diferenças básicas dos dois, vamos lá?

RAW em inglês quer dizer cru, são arquivos de imagem gerados pela câmera fotográfica diretamente do sensor sem nenhum processamento ou compressão, são equivalentes a negativos digitais. Ele é a melhor opção se quiser fazer um pós-processamento na fotografia pois ele contém o máximo de informações que o sensor de sua câmera pode proporcionar a você consequentemente uma fotografia de melhor qualidade final. Também quando se fotografa em RAW ele permite uma correção muito maior pois todas as informações estão lá podendo ser recuperadas de uma forma mais fácil do que quando se fotografa em JPEG.

O arquivo RAW é excelente mais como tudo também existem desvantagens em usá-lo.
O arquivo como disse anteriormente é um arquivo cru, ou seja, cada pixel do seu sensor vai ser gravado no cartão de memória gerando um arquivo enorme, uma câmera de 20 Megapixel por exemplo tem um tamanho de arquivo de aproximadamente 28MB, digo aproximadamente pois varia de foto para a foto e por ser tão pesado a câmera vai demorar mais tempo para gravar no cartão de memória e por conta disso ela pode limitar a quantidade de disparos consecutivos antes da memória encher e não deixar você disparar mais até que a memória seja liberada.

Também no arquivo RAW é necessário um pós-processamento ou no máximo uma conversão de arquivo pois enquanto RAW apenas quem tem programas específicos poderá abrir a fotografia precisando converter em um tipo de arquivo de o computador consiga ler "naturalmente" como o JPEG.

Também é necessário um pós-processamento pois como arquivo RAW é um arquivo cru ele não contém nenhuma informação de ajuste. O máximo que o programa da câmera faz é informar o ajuste que você utilizou e aplicá-lo na fotografia mas sem que altere em definitivo a imagem.
Ou seja a fotografia quando feita em RAW demanda mais tempo do fotógrafo e isso para por exemplo um fotojornalista que precisa enviar as imagens quase que instantaneamente não serve.

Agora que já expliquei o básico de uma arquivo RAW agora vou explicar o básico do JPEG.

O JPEG é um tipo de arquivo que basicamente qualquer câmera usa para gerar suas fotografias ideal para quem quer usar rapidamente a fotografia sem precisar de pós-processamento ou qualquer tipo de conversão.
Ele usa um algoritmo de compressão de dados gerando arquivos relativamente pequenos e fáceis de trabalhar. A mesma câmera de 20 Megapixels cria arquivos JPEG de aproximadamente 5MB, ou seja, menos de um quinto do tamanho do arquivo fotografado em RAW. Ele consegue fazer isso subtraindo "informações repetidas" do arquivo, por exemplo a palavra abacateiro, nessa palavra existem três letras "a", no lugar de tantas letras "a" repetidas ele simplesmente apagaria as demais resultando na palavra "abcteiro". Viu como a palavra ficou menor mais você conseguiu ler? GROSSEIRAMENTE é isso que o JPEG faz, mas o que isso influência na imagem? Para usuários comuns NADA. Para fotógrafos que querem fazer um pós-processamento significa que ele terá "menos possibilidades de ajuste" pois as informações já não estão lá apesar de o JPEG já ser gravado com os pré-ajustes feito na câmera, ou seja se você errar no ajuste da câmera você dificilmente conseguirá corrigir tão facilmente quando fotografado em RAW.

As vantagens do JPEG é que ele é um arquivo muito mais leve e que qualquer computador pode ler sem precisar de programas de terceiros, ou seja ele pode ir da câmera direto para qualquer computador sem problemas.

Também ele "é alterado" pelos ajustes feitos previamente na câmera não precisando de um pós-processamento.

As desvantagens ficam por conta de ele ser um arquivo compactado e com isso ele perde informações que poderiam ser usadas em um pós-processamento e que ele também é gera um arquivo de "menor qualidade" que o RAW mas aqui vale um ressalto que usuários comuns não saberão a diferença entre os dois.

Espero ter sanado qualquer dúvida entre RAW e JPEG. Se tiver mais dúvidas, deixe nos comentários que responderei na hora ou em uma próxima postagem!

Abraço a todos e não esqueçam de curtir e compartilhar com os amigos.

Até a próxima dica!

quinta-feira, 30 de julho de 2015

sRGB ou AdobeRGB, qual espaço de cor usar?

Olá.
Muitos de vocês que usam câmeras DSLR já devem ter visto enquanto mexiam no menu da câmera uma opção para escolher o espaço de cor. Nela você podia escolher entre AdobeRGB ou sRGB e sem saber a diferença nem se importavam em alterar essa opção. Abaixo vou tentar explicar de uma forma simples a diferença entre eles e qual usar dependendo do uso final que você fará da fotografia.

Vou começar explicando o que espaço de cor.
Espaço de cor é literalmente isso mesmo, é quanto do espectro de cores visível pode ser representado em um determinado espaço dentro desse mesmo espectro de cores. É mais ou menos parecido com o Dynamic Range na fotografia que falei nesse post.

Reparem na imagem acima que temos dois espaços de cor, o sRGB e o AdobeRGB.

O AdobeRGB consegue abranger um espaço maior que o sRGB. Isso significa que ele consegue distinguir mais tons de cores sendo assim ele consegue nuances mais suaves de cores. Ele é ideal para ser usado quando se quer fazer uma impressão em gráfica por exemplo.

Já o sRGB abrange uma área bem menor do espectro e ele é ideal quando se quer usar digitalmente as fotografias ou fazer impressões em minilab ou em casa mesmo já que monitores, impressoras e outros sistemas usam o sRGB como padrão, aliás monitores caseiros conseguem distinguir por volta de 93% do padrão sRGB sendo que este é menor Adobe RGB.

Abaixo vou mostrar duas variantes da mesma foto que originalmente foi feita em Adobe RGB e a mesma foto convertida para sRGB.

AdobeRGB
sRGB
Reparem que o verde da grama no canteiro central na "foto sRGB" está mais estourado e que as flores estão com uma tonalidade diferente.

O AdobeRGB trabalha melhor nessas áreas de verdes claros e cianos como pudemos ver naquela primeira imagem do espaço de cor.

Se você não estiver vendo diferença entre as fotografias quer dizer que seu navegador não suporta AdobeRGB e que ele está interpolando as cores para chegar o mais próximo possível da segunda foto que foi convertida para sRGB e isso pode ser um problema para quem trabalha com imagens pois as cores podem ficar distorcidas e arruinar um trabalho inteiro.

Enfim, se for usar a fotografia para usar ela digitalmente, na internet ou mesmo entregar em CD ou pendrive para o seu cliente, fazer impressões caseiras ou mesmo em minilab por exemplo opte pelo sRGB. Agora se for usar para impressões fineart em gráficas use o AdobeRGB mas sempre consulte a empresa que fará a impressão para se certificar que esse é o melhor espaço de cor para ser usado naquele estabelecimento e sempre mantenha o seu monitor calibrado com o laboratório.

Até a próxima dica!

terça-feira, 30 de junho de 2015

Dúvidas sobre Flash.

Olá.
Devido a muitas dúvidas do pessoal sobre flash fotográfico hoje vou responder algumas questões tipo bate papo. Se tiver dúvidas é só continuar lendo. Vamos lá?

Pergunta: Quais são as características da luz do flash?

Resposta: A luz do flash é uma luz dura que produz sombras pronunciadas, completamente branca (5500k) e que o "estouro" dura aproximadamente 1 milésimo de segundo (1/1000).

Pergunta: Quais os tipos mais comuns de flash que existem?

Resposta: Basicamente existem dois tipos de flash, o embutido e o dedicado.

Pergunta: Quais as diferenças entre o flash embutido nas câmeras e o flash dedicado?

Resposta: Os flashes dedicados têm maior flexibilidade na operação, com maiores configurações além de maior potência e menor tempo de reciclagem. 

Flash embutido
Flash dedicado
Pergunta: O que seria o tempo de reciclagem?

Resposta: O tempo de reciclagem é o tempo que o flash demora para estar pronto para o próximo disparo, geralmente o flash dedicado demora em média 3 segundos quando disparado na potência máxima enquanto o flash embutido leva praticamente de sete a quase doze segundos também se disparado na potência máxima.

Pergunta: O que é Número Guia?

Resposta: Também conhecido como a abreviação NG, é um número que cada modelo de flash tem para o fotógrafo se basear e conseguir configurar a potência correta do flash pois ela indica a distância que a luz do flash consegue atingir em ISO 100 na potência máxima. 
Para conseguir regular o flash corretamente o fotógrafo precisa fazer uma pequena conta levando em conta as variáveis como distância do assunto, abertura do diafragma e a potência que seria o número guia do flash. Exemplo:

Número Guia / Diafragma = Distância.

Número Guia / Distância  = Abertura do diafragma.

Distância / Abertura do Diafragma = Potência a ser usada.

Para facilitar vou colocar uma tabelinha abaixo para um flash com NG 43.


No caso de flash com tecnologia TTL esse cálculo é feito automaticamente pela câmera não precisando em um primeiro momento de interferência do fotógrafo.

Pergunta: Como  é feita a medição TTL?

Resposta: Para a medição TTL o flash faz um pré disparo e esse disparo é medido pela câmera que em frações de segundo manda um comando para o flash disparara com mais ou menos intensidade para que o assunto seja corretamente exposto.

Pergunta: O que é velocidade de sincronismo?

Resposta: Velocidade de sincronismo é a velocidade máxima que deve ser configurada no obturador para que a fotografia não fique com problemas por causa da cortina do obturador. Câmeras com obturador de plano focal como são no caso de 99,9% das câmeras reflex digitais (DSLR) essa velocidade varia de 1/160s à 1/250s. Consulte no manual qual a velocidade de sincronismo de sua câmera.

Pergunta: Posso usar uma velocidade mais lenta no obturador?

Resposta: Sim, respeitando a fotometria do ambiente pois o disparo do flash dura apenas 1/1000s e por isso ele congela qualquer movimento, seria como se você tivesse disparado com 1/1000s na velocidade do obturador.

Pergunta: E uma velocidade mais alta que a de sincronismo, posso usar? 

Resposta: Depende, se sua câmera e seu flash permitir a configuração de sincronia de alta velocidade (high Sync Speed) geralmente identificado com um raiozinho seguido de um H, mas essa configuração consome muita bateria do flash pois ele faz vários disparos para conseguir sincronizar com a abertura do obturador.

Pergunta: E o que é sincronismo de segunda cortina, como ele é feito?

Resposta: Ao invés do flash disparar logo que o obturador se abre, o flash irá disparar quando o obturador começa a fechar dando um efeito diferente na fotografia pois primeiro capta o movimento e apenas depois o flash é disparado.

Obturador de plano focal

Agora um pouco de dúvidas sobre técnicas:

Pergunta: Porque quando fotografamos uma pessoa ela as vezes sai com olhos vermelhos na foto?

Resposta: O efeito de olhos vermelhos acontece quando a luz do flash bate no fundo do olho do fotografado que é uma região extremamente vascularizada e acontece com muita frequência quando fotografamos uma pessoa em locais escuros porque a pupila está muito dilatada. Para evitar esse efeito devemos ou fotografar em um ambiente mais claro, ou se sua câmera tiver usar o recurso de redução de olhos vermelhos. Ela ou dispara uma sequencia de flashes antes do flash principal ou emite uma luz intensa para que a pupila do fotografado se feche evitando o efeito. Também podemos usar o recurso de flash rebatido para que a luz do flash não chegue diretamente aos olhos do fotografado.

Pergunta: O que é flash rebatido?

Resposta: Na maioria dos flashes dedicados é possível girar ou inclinar a cabeça (que é a parte onde se encontra a "lâmpada") para que a luz rebata em alguma superfície antes iluminar o assunto. Essa técnica é muito usada para suavizar as sombras provocadas pela luz dura do flash.

Pergunta: Queria suavizar a luz do flash mas não tenho onde rebater, existe algum outro modo que consiga fazer isso?

Resposta: Sim, você pode usar um difusor na frente do flash. Alguns flashes dedicados já vêm embutido uma pequena plaquinha difusora e em outros você precisa comprar a parte um "copinho" difusor. Também existem rebatedores como o a foto abaixo.




Pergunta: Sempre que uso o flash e o fundo da minha fotografia sai completamente escuro, o que estou fazendo de errado?

Resposta: Para que o fundo da sua foto não sair escuro o ideal é usar a técnica chamada de luz mista que consiste em fotometrar o ambiente e usar essas configurações de velocidade de obturador e abertura do diafragma quando for utilizar o flash. Lembrando de não exceder a velocidade de sincronismo do flash.

Pergunta: Posso alterar a cor da luz do meu flash para criar uma luz mais "criativa"?

Resposta: Sim, no mercado existem as chamadas gelatinas que são feitas de um material especial e colorido que colocadas na frente do flash alteram a cor da luz emitida por ele. Elas são muito usadas quando precisa equilibrar a luz ambiente com a do flash.

Pergunta: Posso usar meu flash em um dia ensolarado?

Resposta: Sim, com certeza! Dias ensolarados resultam em luz dura que produz sobras muito intensas e para isso você pode usar a técnica de flash de preenchimento (fill flash) que é uma técnica parecida com a luz mista mas você irá preencher as sombras com a luz do flash. O ideal que nesses casos o flash pareça que não foi disparado e para isso você deverá usar uma potência menor que o necessário (cerca de 1 ponto menos) do que seria para iluminar a cena apenas com o flash.

Pergunta: Em um show, evento ou espetáculo onde a iluminação é precária, posso usar flash?

Resposta: De maneira alguma! A iluminação do palco já é pensada para dar o clima da apresentação e por mais que não pareça ela já é suficiente. Usar o flash nesses casos além de ser uma imensa falta de respeito com os artistas e o público que está assistindo o show. Ele também destrói todo o trabalho do técnico de iluminação pois a luz completamente branca do flash acaba com o clima da apresentação que foi previamente planejado. No caso de palcos que são mais afastados da plateia, a luz do flash por mais potente que seja mal chegará ao destino mas incomodará demais os artistas. Por isso, flash em apresentação NUNCA, Jamais!!!

Espero ter respondido as perguntas, caso você tenha mais alguma, deixe nos comentários!

Até a próxima!

sábado, 30 de maio de 2015

Fotografia HDR - High Dynamic Range

Na última postagem falei sobre o que é alcance dinâmico e como essa característica interfere na fotografia. Dessa vez vou falar sobre uma técnica que é usada para quebrar essa limitação do sensor ou filme, a técnica HDR.

O significado da sigla HDR em inglês é High Dynamic Range, traduzindo para o português Alto Alcance Dinâmico. Ele serve para produzir uma fotografia com uma gama de tons mais alta do que conseguiríamos com uma simples exposição.

Um exemplo onde a técnica HDR é muito usada são em fotografias de paisagem devido ao contraste entre o céu e a terra comumente encontrado nessa situação.

Quem nunca tentou fotografar uma paisagem linda mas que na hora do clique o céu ficou completamente branco, todo estourado e então você tentou compensar isso subexpondo um pouco a fotografia conseguindo um céu lindo mas a terra ficou completamente escura?

Páteo do Collegio - Centro de SP

 O olho humano consegue distinguir uma gama elevadíssima de tons entre as áreas de sombra e luz da cena, já câmeras fotográficas por mais avançadas que sejam não conseguem nem chegar perto disso.

Quem nunca viu aquele Pôr do Sol lindo com montanhas ao fundo com cores bem vivas e definidas? Provavelmente o fotógrafo usou a técnica de HDR para produzir essa imagem.


Para conseguir fazer uma foto em HDR são utilizadas normalmente três fotos idênticas (podem ser usadas mais fotos) mas com exposições diferentes mudando apenas a velocidade do obturador. Geralmente usa-se uma diferença de um, dois ou três pontos entre elas. Uma para conseguir uma foto sub-exposta, uma outra com exposição correta e a última superexposta. Pra simplificar ao máximo, basicamente o HDR é conseguido mesclando as áreas claras da imagem subexposta e as áreas de sombra da imagem superexposta na imagem corretamente exposta que está como base. Fazendo isso é conseguido as melhores informações de cor e luminosidade em cada área da imagem para produzir uma imagem final onde o resultado é uma fotografia com todas as áreas corretamente expostas e de grande variedade tonal.

Veja no exemplo abaixo:


 Foto original corretamente exposta

Perceba que na foto original temos um céu até legal mas com algumas áreas bem estouradas e a grama assim como a parte da entrada do espaço.

 Foto subexposta

Agora na foto subexposta temos um céu mais interessante sem nenhuma parte estar estourada mas em compensação todo o restante da fotografia ficou bem escura, se quisesse realçar só o céu estaria mais ou menos legal mas a intenção originalmente é usar a imagem como um todo.
Foto Superexposta

Já na foto superexposta para conseguir informação nas áreas de sombra não somente o céu ficou completamente estourado mas também a construção quase se confunde com ele de tão branco que ficou.

O único jeito para conseguir informação em tudo é mesclando as três fotos em HDR para conseguirmos o seguinte resultado:

 Foto em HDR

Veja como conseguimos realçar as áreas de sombra da imagem original sem que o céu ficasse completamente estourado. Interessante não é?

Claro que HDR não é colar o céu da subexposta ou a parte da grama da superexposta na foto de base, é mais que isso, novamente ele mescla as melhores informações das áreas de luz, sombras e cor para que foto resultante desse processo tenha uma fotografia com uma gama de tons entre as áreas de alta e baixa luz muito maior se aproximando um pouco mais do que o olho humano consegue distinguir.

Mas muitas pessoas usam HDR não como técnica mas sim como efeito conseguindo alguma coisa parecida com a foto abaixo em que foi utilizado as mesmas três fotos do exemplo acima mas com ajustes completamente exagerados.



Com bons programas de edição de imagem você consegue fazer HDR mas também existem programas específicos para esse fim. Também é possível encontrar o recurso em câmeras digitas e até em celulares!

Existe porém uma restrição. Devido a técnica HDR exigir que você use no mínimo três fotos idênticas ela não funciona em fotos em movimento. Recomenda-se até usar um tripé para que não resulte numa foto aparentemente tremida.

E você ficou com vontade de fazer uma foto HDR? Mostre aqui o resultado deixando nos comentários!

Até mais!

Fotos: Flávio Cabral      Edição HDR: Klaus Jessen

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Alcance Dinânico na fotografia (Dynamic Range)

Olá.

Hoje vou falar brevemente de um assunto pouquíssimo discutido na fotografia principalmente em fotografia digital, o Dynamic Range.

O alcance dinâmico é basicamente quanto de luz o sensor de uma câmera digital, ou filme nas câmeras analógicas conseguem distinguir do preto ao branco sem começar a ter perda de informação principalmente nessas áreas de alta e baixa luz.

Imagine uma régua parecida com o fotômetro da sua câmera começando a esquerda para as áreas de baixa luz, a área central dessa régua para o tons médios e a área mais a direita para as áreas de alta luz. Quanto maior a distância entre a faixas marcadas em azul na régua abaixo, mais tons sua câmera irá distinguir principalmente nas áreas de sombra e de alta luz.


Fora da área marcado em azul na régua nesse exemplo, a câmera não consegue mais capturar os detalhes.

Veja o exemplo abaixo:


 Apesar de usar exatamente a mesma exposição nas duas fotos a primeira mostra uma perda considerável de detalhes principalmente nas altas luzes enquanto na segunda foto que foi usada uma câmera com maior alcance dinâmico esses detalhes foram preservados. Perceba que além da cúpula do abajur, o vinco do fundo também tiveram grande diferença de detalhes nas duas fotos.

Luz "estourada" na cúpula
Definição da cúpula preservada



Fundo "estourado" e praticamente sem informação de textura
Textura do fundo preservada



É importante usar uma câmera que tenha um grande alcance dinâmico para situações de alto contraste entre as áreas de sombra e luz da fotografia como por exemplo em um casamento onde a noiva veste-se com seu belo vestido bordado completamente de branco e o noivo com seu típico terno preto. Nem você e muito menos a noiva vão querer perder os detalhes do vestido que foi minuciosamente escolhido por horas e horas justamente por causa desses detalhes.
 
No próximo post vou falar de como conseguir através de uma técnica muito usada para fotos de paisagens um alto alcance dinâmico, técnica conhecida por HDR (High Dynamic Range).

Até a próxima!

segunda-feira, 30 de março de 2015

Desvendando o Mistério da Cor do Vestido Camaleão.

Mês passado um vestido deu o que falar na internet e vou aproveitar para falar um pouco mais sobre o que pode ter acontecido para muitas pessoas não terem conseguido definir a cor exata do vestido porque isso tem muito a ver com fotografia principalmente digital. Não vou colocar a foto dele aqui por alguns motivos mas vou descrever o que vejo.

A imagem que foi me enviada continham três fotos do mesmo vestido lado a lado feitas com uma câmera de baixa qualidade parecendo de celular. Essas fotos continham algumas variações de edição que vou falar a seguir.

Na foto que foi colocada mais a esquerda, a que aparece mais dourada quem editou a foto a deixou mais estourada e a deixou bem menos saturada nas cores e isso tirou quase que completamente o azul do vestido parecendo branco. Como ele estourou a foto a luz do ambiente que é amarela invadiu o preto deixando ele dourado.

Na foto do meio que na minha opinião seria a "original" da para se ver que a luz amarela do shopping ou qualquer lugar que o vestido esteja invadiu e interferiu nas listras pretas. Repare que as listras estão um pouco acinzentadas e isso indica superexposição como você pode conferir em minha dica onde falo sobre fotometria além do fundo da foto estar completamente estourado mas isso vou comentar mais a frente.

Na última foto que é da direita o "editor" deu uma leve contrastada na foto e acrescentou uma saturação exagerada para que o azul voltasse com força e isso também fez com que as listras pretas do vestido ficassem realmente pretas.

Também propositadamente o "fotógrafo" e o "editor" nos deixou com pouquíssima informação do fundo da fotografia estourando completamente o fundo da foto e colocando o vestido cobrindo quase toda a foto o que nos dificulta e muito o entendimento da cena e por isso que o vestido parece que muda de cor na mesma iluminação.

Vi alguns comentários de pessoas como neurologistas que diz que a luz muda ao longo do dia e nosso cérebro corrige os tons para o que ele acha o "mais real" possível e isso é verdade mas não analisaram a foto pois o vestido está em um ambiente interno com luz artificial.

Esqueça o vestido e repara na "calçada" como ela muda levemente de tom indicando que essa foto foi editada. Na foto da esquerda a calçada aparece com uma cor mais esmaecida e com pouco contraste a segunda com o tom certo um amarelo mais próximo do tom que conseguiríamos fotografando com luz de tungstênio com o balanço de branco da câmera para a luz do dia. Já na terceira foto repare que essa mesma calçada aparece levemente mais escura e com um tom levemente mais avermelhado típico quando damos um contraste na foto e diminuímos levemente o brilho.

Também a imagem que foi me enviada pode não ser exatamente a mesma da polêmica e apenas a foto com um vestido gerou essa polêmica toda mas mesmo assim o que acontece também é que nossos olhos e nosso cérebro corrigem essas distorções nas cores bem mais eficientemente doque qualquer câmera hoje no mercado e por isso que mesmo mostrando a mesma foto pessoas diferentes veem cores diferentes e por isso a polêmica do vestido mas agora tenho mais uma questão parecida com a do vestido:

O Viaduto Santa Efigênia no Centro de São Paulo está iluminado de amarelo ou  de um tom mais avermelhado?


  Até a próxima!

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Calibragem do monitor

Essa semana a foto de um vestido deu o que falar na internet. Ninguém conseguia distinguir a cor exata dele, se era preto e azul ou branco e dourado e aproveitando isso vou falar pouco sobre calibragem de cores no monitor mas vou falar apenas superficialmente sobre isso que é extremamente importante.

Veja a foto abaixo de um ponto extremamente conhecido da cidade de São Paulo o Viaduto Santa Efigênia no centro da cidade simulando a vista da mesma foto mas em dois monitores distintos:

Monitor 1

Monitor 2
 Agora eu te pergunto, qual a cor correta da iluminação do viaduto? Amarelão ou mais dourado?
Não parece a questão do vestido?

Antigamente com fotos analógicas não tínhamos tantos problemas com isso principalmente quando os fotógrafos tinham que mostrar seus trabalhos aos clientes no papel pois depois que saía do laboratório e aprovado pelo fotógrafo era isso que o cliente via exatamente e isso que o fotógrafo moderno precisa resolver antes de ter problemas pois como disse fotografia não é apenas apertar um botão, ele precisa cuidar desde o momento do disparo até a fotografia chegar ao cliente final.

Hoje em dia com o advento das câmeras digitais o fotógrafo já não tem tanto controle doque seu cliente vê a não ser que ele ande com o monitor calibrado mas sabemos que a realidade não é essa.
Hoje seu cliente pode ver no seu monitor e achar a foto linda mas no dia seguinte ele abrirá a mesma foto em sua casa ou na do seu primo e a foto fica com as cores completamente diferentes da que ele viu no seu monitor porque o dele pode estar com uma regulagem diferente, com mais ou menos brilho ou contraste, mais ou menos saturado, com temperatura de cor diferente deixando a foto mais fria ou mais quente e isso é um problema que aflige muitos profissionais mesmo tendo ferramentas para minimizar isso.

Hoje existem além dos perfis de cores que ajudam a minimizar esse problema além equipamentos que calibram o monitor, scanner e impressora para fazer com que a cor que você esteja vendo no monitor seja exatamente a ser impressa. Laboratórios também podem disponibilizar o perfil de cores dos seus equipamentos para fazer a correção. Isso resolve o seu problema com o laboratório mas não resolve muito o problema com seu cliente pois ele invariavelmente principalmente nos dias de hoje com os Tablets e Smartphones ele sempre vai ver as fotos em monitores diferentes e muitos sequer aceitam regulagens e sempre vai ver a tal foto diferente do que quando ele viu a primeira vez quando a achou linda.

Você mesmo pode não estar vendo a foto acima como estou vendo agora no meu monitor e vou fazer um desafio. Vá lá a noite no viaduto Santa Efigênia (Não me responsabilizo por seus equipamentos) e me diga qual foto está com as cores mais parecidas com as cores reais da ponte, a do monitor 1 ou a dor monitor 2 e deixe sua observação nos comentários.

Existe uma ferramenta nos sistemas operacionais que ajudam a calibrar o monitor onde você vai seguindo as orientações para chegar em uma calibragem padrão mas dificilmente alguém executa essa ferramenta e também pode não coincidir com a calibragem do seu laboratório. 

Para isso um jeito bem espartano que pode ser usado como paliativo para calibrar o monitor é você fotografar e sem editar a foto ir até o laboratório de sua confiança e mandar "revelar" a foto sem correção alguma e tendo ela como base calibrar seu monitor mexendo no contraste, brilho, temperatura de cor, tons, RGB (se permitir) aproximando o máximo das cores da fotografia que você acabou de revelar no laboratório pois assim sempre que revelar naquele laboratório suas fotos irão coincidir com a foto que você verá nos monitores que você "calibrou".

O melhor mesmo sem dúvida alguma é investir em um monitor profissional e um colorímetro que a grosso modo é um calibrador de cores para que você não tenha mais dor de cabeça com impressões erradas.

Ah, só para constar, a foto do vestido não é problema de calibragem de monitor mas é uma edição de uma foto em que o "editor" mexeu em coisas básicas mas isso vou falar no próximo post.

Até lá!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Luz de Recorte - Rim Light

Olá.

Hoje vou falar de mais uma técnica de contraluz muito usada principalmente em estúdio seja em retratos de produtos ou pessoas é a técnica de luz de recorte também conhecida como Rim Light.



A luz de recorte como o próprio nome já diz é usada principalmente em estúdio para recortar o objeto do fundo e também para dar tridimensionalidade ao que estamos fotografando.

A técnica de luz de recorte é mais facilmente obtida com luz de flash mas também pode-se conseguir bons resultados com luz contínua mas o ideal é ter uma luz mais controlada para facilitar a obtenção do efeito.

O conceito da luz de recorte é uma técnica de contraluz em que temos uma fina camada de luz contornando o objeto de modo que ele se destaque do fundo dando sensação de profundidade principalmente quando usamos um fundo praticamente da mesma cor do objeto como o da foto de exemplo que é um objeto preto com fundo também preto produzindo uma imagem visualmente interessante.

Apenas Flash direto
Flash direto +  Luz de recorte
Apenas Luz de recorte
 No exemplo acima usei o flash embutido da câmera e um flash remoto levemente angulado atrás do objeto virado para a câmera. Usei também um rebatedor prata para suavizar as sobras produzidas pelo contraluz e preencher o lado esquerdo do objeto.  Perceba como a parte de cima e as laterais da câmera ganharam mais destaque. A variação mais usada é a da terceira foto onde desligo o flash frontal e apenas o contorno do objeto aparece e esse efeito é muito bacana.

Abaixo está o esquema das fotos acima, apenas variei entre flash remoto, direto e os dois juntos.

Como falei essa técnica é muito usada com pessoas para dar ênfase na anatomia e também fica muito bonita como luz de cabelo principalmente em modelos de cabelos cacheados. Essa luz também facilita na hora da edição da fotografia quando é preciso trocar o fundo digitalmente por exemplo pois também destaca o modelo do fundo original. Uma pena que não tinha nenhuma modelo disponível para demonstrar o efeito devido ao Natal e fim de ano.

Até a próxima dica!